terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Brasil, Pátria Amada (que não seja idolatrada)

Fonte: Série A Última Cruzada do Brasil Paralelo

Se queremos um país unificado em forma de Nação de modo que a sociedade possa ser chamada de Civilização - considerando que hoje não somos uma sociedade civil organizada e sim uma coletividade urbana controlada (por Sociedades Anônimas ou Oligarquias) - se faz justo e necessário unificar o povo por meio da Comunicação, isto é, da Língua Portuguesa-brasiliana ou Brasilês, em primeiro lugar. Entendendo que falar em brasileiro é utilizar o sentido figurado ou conotativo devemos aprender o brasilês que é o uso do sentido literal ou denotativo da palavra, quase sempre fundado no latim.

Tudo começa pelo pertencimento, da propriedade, especialmente a da Casa que abriga um Lar, como o Castelo ou Domus que protege a Família Real. Antigamente, a casa era chamada de domus, de modo que "era tão importante ser a pessoa principal num domus, – o dominus, o 'Senhor' – que daí derivaram palavras como dominador e domínio, que dão a ideia de alguém com poderes para ser obedecido pelos outros habitantes da morada, como parentes e servos" (Casa em Origem da Palavra). Dom de Dom Pedro I e II (Imperadores do Brasil) vem daí, e eram portanto os Senhores do Brasil.

Casa é um termo latim que designa cabana, choça ou habitação popular onde, em vez de um Dom ou Senhor, temos Deus Lar ou o Fogo como protetor. Lar"vem do nome dos deuses romanos Lares, que protegiam cada família em sua casa e eram simbolizados pelo fogo aceso em cada domicílio" (Origem da Palavra) de onde vem também o nome Lareira. Hoje pode ser uma vela de um altar, mas em um Estado-laico o que une e protege a família é o Fogão, que se localiza na cozinha, onde a família deve se reunir e comungar.

Genealogia do Brasil

A base comum dos povos do ocidente é o Latim, língua oficial da Igreja Católica (Universal, Holística, Cosmopolita) Cristã (que se fundamenta em Cristo que significa Ungido no sentido de ser batizado com óleo, neste caso Jesus Cristo). Não estamos falando da Igreja Apostólica Romana cuja língua oficial atualmente, neste terceiro milênio, é o italiano. A unificação do povo não vem da religião, mas da língua, no Brasil o Brasilês (Português-brasílico). Assim, vamos começar pelo estudo etimológico dos termos brasileiro, brasiliense, brasiliano etc.

De acordo com o professor Cláudio Moreno:
"O sufixo -eiro, por sua vez, é muito usado para indicar profissão ou atividade: jornaleiro, sapateiro, cabeleireiro, ferreiro. É por isso que os nascidos no Brasil são brasileiros (e não brasilianos ou brasilenses): essa era a denominação dos que trabalhavam, nos primeiros dias do Descobrimento, na extração do pau-brasil, e passou a designar todos os que nasciam aqui nesta terra. Da mesma forma, chamamos de mineiros os que nascem no estado de Minas Gerais, palavra que já existia como profissão. Como podes ver, gentílicos com a terminação -EIRO são muito raros e não devem chegar a meia dezena" (o gentílico Brasileiro em SuaLingua.com.br).
Estando a denominação brasileiro ligada aos exploradores do Pau-Brasil não é de se espantar que o Brasil seja um país controlado por Oligarquias, de modo que, brasileiro define uma identidade nacional corrompida representando somente os capitalistas oligárquicos ou monopolistas e políticos corruptos, bem como os donos de terras ou propriedades ou negócios que ainda administram seus trabalhos com uma visão ou modelo escravagista (lembrando que fomos um dos últimos ou o último país a abolir a escravidão, ao menos em teoria por decreto da Família Real, mas bem se sabe que continuou informalmente).

Antigamente, as pessoas trabalhadoras (empregados ou funcionários) eram vistas como Capital Humano, mas na economia moderna tem se considerado a força de trabalho individual como Recurso Humano e a tendência é que estes sejam vistos como sócios da empresa, em diferentes níveis, de modo semelhante aos acionistas que compram parte do capital de uma empresa em forma de Ações (O que é uma Ação?), mas neste caso, ação significa agir, trabalhar. (Assim, melhor é tributar a Pessoa Jurídica em vez da Pessoa Física que aumenta os custos do empregador diminuindo a flexibilidade e oportunidades do mercado de trabalho.)

O significado de -eiro (Ciberdúvidas da Língua Portuguesa)

"O sufixo -eiro é dos mais produtivos da língua portuguesa. Utiliza-se para formar adjectivos e nomes a partir de nomes (derivação denominal), pelo que o seu significado pode variar bastante. De forma muito sintética, Celso Cunha e Lindley Cintra atribuem ao sufixo -eiro os seguintes valores (Breve Gramática do Português Contemporâneo, Lisboa, João Sá das Costa Editores, pág. 69):
«I. Quando participa na derivação de nomes a partir de outros nomes:
– ocupação, ofício, profissão – barbeiro (barba), copeira (copa);
– lugar onde se guarda algo – galinheiro (galinha), tinteiro (tinta);
– árvore e arbusto – laranjeira (laranja), craveiro (cravo);
– ideia de intensidade, aumento – nevoeiro (névoa), poeira ();
– objecto de uso – cinzeiro (cinza), pulseira (pulso);
– noção colectiva – berreiro (berro), formigueiro (formiga);
«II. Quando participa na derivação de adjectivos a partir de nomes:
– relação, posse, origem – caseiro (casa); mineiro (de minas ou Minas Gerais).»"
Enfim, -eiro é uma referência ao prefixo indicando a natureza do ofício ou objeto. É o masculino de -aria(o), de onde vem, por exemplo, agrário ou agrária.

A Civilização Brasiliana

Considerando que brasiliense (com sufixo -ense que indica naturalidade, origem) já define os nascidos em Brasília, onde fica a sede ou a capital dos brasileiros, vamos tomar como termo mais apropriado para os nativos do Brasil o termo brasiliano(a). De acordo com o professor Cláudio Moreno "O sufixo -ano, com sua variante –iano, tinha um significado básico de “proveniência, origem”: doces serranos, autores italianos, monges tibetanos. Com o tempo, passou a indicar também a proveniência de uma ideia, a partir do nome de um autor ou de um movimento intelectual: sonetos camonianos, ideal republicano, igreja anglicana" (-eano ou –iano? em SuaLingua.com.br). Ou seja, o sufixo -ano atribui um valor de origem.

Assim, podemos definir o povo brasiliano como sendo os nativos do Brasil que são honestos detentores de consciência coletiva, católica, holística, cosmopolita. Isso significa dizer que é uma nação, de trabalhadores que trabalham em sinergia ou cooperação, e que ainda entendem o mundo globalizado, sendo flexíveis ao liberalismo econômico. A identidade nacional consistem em defender o território, a família, a língua, a educação, a saúde, o direito (Ética Social) e a economia (a regra da casa). O Povo Brasiliano deve pensar em uma Constituição do Futuro que respeite a nossa história. Recomendo o livro Por que o Brasil é um país atrasado?  do cientista político Luiz Phillippe de Orleans (descendente de Dom Pedro), que estou segurando na imagem abaixo.





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