quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Imitação é covardia, inspiração autonomia: Inspire-se!

O Mito da Caverna
Aesum - Shadow (Flickr, CreativeCommons)
Nós temos uma tendência natural de imitar, explicada cientificamente; prova disso é o bocejo - existe uma parte do cérebro responsável por nos "socializar". Antigamente se dizia: "tal pai, tal filho.", época em que os filhos acompanhavam os pais. Hoje, a educação volta-se para as creches, escolas e faculdades; não se diz mais "tal pai, tal filho", temos uma educação terceirizada. Assim, nasce uma sociedade sem identidade própria, um povo sem pátria, um indivíduo sem personalidade. Não podemos culpar os nossos pais, porque é um fato histórico de desenvolvimento social.


O que agrava a situação é o entretenimento da televisão: o mais absurdo é as pessoas discutirem novelas como se fossem a vida real, fatos da vida. Qualquer pessoa que tenha estudado para ser escritor ou escrever um livro sabe que as novelas são feitas para você realmente se identificar com os personagens, mas são pequenos pontos de captura que colocam o telespectador dentro de uma realidade virtual ou paralela quando você passa a acreditar que a realidade é aquilo que se está assistindo. Pode-se dizer que é um marketing da vida, uma ideologia, um discurso político e nada mais!

Se queremos uma sociedade honesta, compassiva, justa, solidária, que saiba fazer negócio e capaz de se enriquecer e viver com dignidade temos de começar por melhorar o conteúdo da televisão. A televisão deveria ser responsabilidade do Ministério da Educação e da Cultura! E os roteiros de novelas passar por uma comissão avaliadora para promover a Constituição Federal. Acredito que muitos já perceberam isso. Muitos escritores estão descarregando suas frustrações, criando uma cultura caótica. Não se pode ensinar o amor pela televisão, nem a compaixão ou religião, pois são uma questão de ser e caráter.

A televisão, tem um certo cunho militar, responsável por disciplinar a sociedade de modo a se ordenar como um ímã que irá atrair prosperidade para o país. O que precisa mudar é a valorização da honestidade em vez do "amor", ou seja, estamos ensinado na televisão que podemos fazer o que quiser que todos sairemos bem, "porque Deus é bom e as pessoas perdoam". Por outro lado, quando não ensinamos a falta de punição, estamos ensinando a vingança. Amor como princípio é ética e não a lavagem de méritos, como se lavam dinheiro. Prosperidade para o país significa pessoas capazes de viver com dignidade.

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